Blacci: “Já me sinto vencedora por ter participado no Festival”

Chama-se Blacci, vive em Cascais desde os 6 anos de idade, é uma cantora luso-brasileira e foi semifinalista do Festival da Canção de 2022. A sua participação na segunda semifinal, realizada no passado dia 7 de Março, deu nas vistas com a interpretação do tema ‘Mar No Fim’, de sua autoria, composto especialmente para o festival.

O percurso artístico desta jovem de 20 anos, nascida no Rio de Janeiro, tem corrido de feição. Com menos de um ano de carreira, já colecciona mais de 1,5 milhões de ‘plays’ nas plataformas digitais. Uma aceitação bastante positiva que já lhe mereceu um contrato com a editora Universal Music de Portugal e com a produtora Klasszik.

No currículo de Blacci, caracterizado por uma mistura das suas raízes brasileiras com influências portuguesas, constam também uma presença no Festival Nossa Lisboa, uma actuação na primeira parte do concerto de Luiza Sonza no Capitólio e colaborações com vários artistas portugueses e brasileiros.

A participação na 56.ª edição do Festival da Canção foi um passo importante na carreira da cantora luso-brasileira, apesar de não ter sido apurada para a final. “Já me sinto vencedora. Participar numa prova de selecção para a Eurovisão, ao lado de tantos outros artistas que admiro, é um sonho”, comentou Blacci.

Aqui fica uma breve conversa com a artista após a sua participação no Festival, durante a qual se falou dos seus sonhos, da experiência que viveu, das suas referências musicais, dos temas que mais gosta de abordar nas suas músicas e de um desejo muito importante para o futuro, entre outros.

“UMA EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL”

Jornal ‘O Correio da Linha’ (CL) – Qual o seu maior sonho enquanto artista?

Blacci – O meu maior sonho é sentir que a minha mensagem está a chegar às pessoas. E estou a fazer a diferença na vida delas, acho que não há nada melhor que isso.

CL – Como define a experiência vivida com a sua participação na segunda eliminatória do Festival da Canção?

Blacci – Foi uma experiência inesquecível, e muito positiva. Para além de ter conhecido artistas e uma equipa incrível, sinto que consegui interpretar a minha canção bem e fazer uma performance e homenagem bonitas. Acho que isso é o mais importante.

CL – Que cantores brasileiros mais aprecia?

Blacci – Tem muitos… mas assim que me lembre agora: Caetano Veloso, Djavan, Tribalistas, Seu Jorge, Jao, Agnes Nunes e Vitao, entre vários.

CL – E portugueses?

Blacci – Carolina Deslandes, Agir, Syro, Nenny, T-rex, Bispo, Calema e Soraia Ramos, entre muitos mais.

 

CL – Quais as suas principais referências em termos musicais? 

Blacci – As minhas principais referências foram marcadas um pouco pela música que me rodeava enquanto eu crescia: The Beatles, Marisa Monte, Eminem, Doja Cat, Jorja Smith, Adele, etc..

CL – Actividades artísticas agendadas para este ano?

Blacci – Lançamento do meu próximo single, previsto para muito em breve, que vou anunciar a data daqui a pouco tempo, dois EPs e alguns concertos.

CL – Como foi ter de lidar com a pandemia e com os confinamentos a que estivemos sujeitos?

Blacci – No meu caso, foi algo que não me prejudicou, até ajudou, pois tomei a decisão de fazer música profissionalmente durante a pandemia. E acabei por aproveitar esse tempo em que estava tudo parado para trabalhar e aperfeiçoar a minha arte, descobrir quem eu era artisticamente.

CL – As letras dos temas que fazem parte do seu repertório são sempre da sua autoria? E as músicas?

Blacci – A maior parte das letras sim, sempre compus desde pequenina. Tenho alguns trabalhos em que essa composição é feita com mais pessoas, porém sempre faço parte desse processo criativo. Os Beats são feitos por vários produtores com que eu trabalho, como o GLatto.

CL – Quais os temas que mais privilegia nas suas canções

Blacci – Tenho muitas músicas que falam sobre o Amor, nos seus vários aspectos, na parte boa e alegre, no desejo, na dor, na saudade. Não necessariamente amor romântico.

CL – Um desejo para o futuro?

Blacci – Que a guerra pare de vez, e que o Mundo normalize. Desejo Paz.

 

LETRA: ‘MAR NO FIM’

Blacci interpretou a canção número 9, que integrou o lote de 10 canções sujeitas à votação do público na segunda semi-final do Festival da Canção 2022. A música é assinada pela própria Blacci, juntamente com Edu Monteiro, Hits Mike, Liam Cole, Gonçalo Malafaya e Iolanda Stego. A cantora luso-brasileira assina igualmente a letra do tema (aqui reproduzida), ao lado de Malafaya e Iolanda Stego.

 

Restou

Tão pouco de ti

O tempo esfriou

E o cinza tomou o jardim

 

Amor

Sem ti eu tou só

A minha tristeza

Você sabia de cor

 

Queria

Ter só mais um dia

Que valesse outra vida

Pra te ter

 

E afinal

Você não lembra mais de mim

E eu nem sei

Pra onde você foi

 

É que no final

Você levou parte de mim

Foi como o sol

Que sempre vai pro mar no fim

 

Não sei

Se é tu quem me chama assim

Mas tem um passarinho

Que fica cantando pra mim

 

É um beija flor

Com a tua cor

Me enche de amor

E com ele leva a minha dor

 

Me avisa

Se vier com brisa

Faço uma magia

Pra te ver

 

Queria

Ter só mais um dia

Que valesse outra vida

Pra te ter

 

E afinal

Você não lembra mais de mim

E eu nem sei

Pra onde você foi

 

É que no final

Você levou parte de mim

Foi como o sol

Que sempre vai pro mar no fim

 

Autor: Redacção

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