Cataratas: quando não tratadas podem levar à cegueira

catarata caracteriza-se pela perda progressiva da transparência do cristalino (lente natural do olho), só na Europa a sua prevalência é de cerca de 5% no grupo dos 52-62 anos e vai até 64% em idades superiores a 70 anos.

Os sintomas iniciais como a visão turva, diminuição da visão noturna e fotofobia (sensibilidade à luz) podem ser muito ténues numa primeira fase, agravando-se a sintomatologia com o decorrer do tempo. O cristalino torna-se opaco (turvo) podendo evoluir de uma forma lenta ou rapidamente progressiva, afetando a visão e a qualidade de vida. 

No olho com catarata, a visão estará dependente do grau de opacificação do cristalino. A catarata no início pode ser assintomática (sem sintomas), mas quanto maior for a opacificação do cristalino maiores serão as perturbações na visão. Em situações extremas os doentes podem perder a visão (cegueira).

Os sintomas de catarata são, habitualmente, os seguintes:

●     Visão turva ou “embaçada”;

●     Diminuição da sensibilidade às cores e ao contraste;

●     Visão dupla num olho (diplopia monocular);

●     Aumento da sensibilidade à luz (fotofobia);

●     Alteração frequente dos erros refrativos, com mudança frequente de óculos;

●     Diminuição da visão noturna.

Creio ser importante alertar para o impacto que a catarata pode ter na qualidade de vida, afetando, por exemplo, a capacidade de leitura, de condução e de mobilidade. Apesar da pandemia em que vivemos, não podemos nem devemos desvalorizar esta doença, nem adiar a prestação decuidados de saúde, por receio de contrair o vírus, pois as Unidades de Saúde e os Serviços de Oftalmologia estabeleceram protocolos e circuitos para segurança dos profissionais e dos doentes.

No Hospital CUF Cascais, também podem ser operados doentes oriundos dos Serviço Nacional de Saúde – através da utilização do vale-cirurgia atribuído pelos hospitais públicos, na sequência dos programas especiais de combate às listas de espera para cirurgia(Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia – SIGIC), permitindo reduzir o tempo de espera de cirurgia, sem qualquer custo adicional.

Os avanços na tecnologiapermitem, atualmente, operar cataratas em regime de ambulatório, sem necessidade de internamento e com recuperação muito rápida, dependendo dos casos. Também a capacidade crescente de estimar com precisão a potência da lente a implantar tem permitido alcançar em muitas situações a independência de uso de óculos. 

Autor: João Paulo Cunha

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